Chega! Já estou cansada de aparentar algo que muitas vezes não estou sentindo. Quero ser eu mesma, com todas as minhas qualidades e defeitos. Quando não gostar de algo quero demonstrar. Quando gostar, quero elogiar. Quando ficar chateada devo dizer e aparentar isso e não fazer papel de fortaleza "isso não me atinge porque tenho estrutura para engolir e passar por cima". Eu não quero ser a "super-mulher". Sei que muitas vezes as pessoas me veêm como uma pessoa madura, fina, elegante (...). Uma pessoa que "não pode errar", que parece ser impecável. Isso não é verdade. Sou o que sou, não finjo no que sou mas quero ser mais o que realmete sou.

Há algum tempo o "peso" era por ser filha de pastor. "Ela não pode errar", "ela deve saber disso e daquilo". Acham que somos anjos com auréolas douradas. Por que é que nos cobram a perfeição que ninguém tem? Estou cansada de ser a "madura", a conselheira, a exemplar. Isso é bom e faz parte da vida. Mas também necessito muito de ser um pouco subordinada.

Pela minha natureza sou meio fechada e não me abro (compartilho fatos pessoais) com tanta facilidade. Sei que devo fazer isso mais e não devo me "trancar". Graças a Deus tenho uma família maravilhosa em quem confio e conto sempre - tudo, em tudo. Mas também devemos ter amigos externos, que não são da família. Como tenho aprendido nos estudos de células, quando compartilhamos corremos o risco de sermos julgados. Foi exatamente isso que aconteceu hoje. Compartilhei alguns sonhos e projetos e a pessoa me julgou de uma forma que me magoou. Nossa! Parece que sou uma exceção no meu meio. Parece que a maioria das pessoas que conheço têm um plano de vida totalmente diferente do meu. Os amigos não precisam ter coisas em comum? Será que estou no ninho errado? Não me entendem e acham que estou sonhando alto demais e sendo egoista e ganansiosa. Nossa Deus! Se isso for verdade me mostra!

Infelizmente a maioria das pessoas não estão prontas para nos ouvir. São poucas as pessoas que nos ouvem com o coração sem nos julgar. Como eu gostaria de ter alguém maduro; um confidente, um amigo onde eu pudesse abrir a minha alma e descarregar o meu coração e mesmo que a pessoa não concorde comigo, não me recrimine. Preciso de alguém que me confronte, que seja sincero e transparente comigo sem julgamentos precipitados. Sei que corro o risco de julgamento até aqui mesmo no blog com vocês, meus leitores, como já aconteceu. Mas a vida é realmente um risco. A intenção é apenas abrir meu coração e ser o que realmente sou e sinto.

Chega de máscaras! Quero ser e estar com pessoas maduras de verdade! Não pessoas perfeitas, mas pessoas sábias, pessoas que tem bagagem e coisas para me acrescentar. Que nossas (minhas) máscaras caiam perante Deus. Só assim poderei Vê-lo face a face.